Comerciantes de Niterói fizeram um protesto na manhã deste sábado (27) na frente da casa do prefeito Axel Grael, contra o fechamento do comércio, medida adotada para tentar ampliar o isolamento e frear o contágio da Covid-19.
A concentração aconteceu por volta de 10 horas na Praça do Rádio Amador, no bairro São Francisco, na Zona Sul, e contou com cerca de 100 participantes.
Agentes da Niterói Transporte e Trânsito (Nittrans) controlavam o tráfego de veículos na Avenida Silvio Picanço, por onde os protestantes percorreram com faixas, bandeiras e cartazes, com mensagens contra o lockdown. O ato, que contou com um trio elétrico, seguiu até a casa do prefeito no bairro São Francisco, Zona Sul da cidade.
"Nossa pauta é acabar com o lockdown, não foi comprovado em lugar nenhum que essa tipo de medida ajuda a melhorar a situação.
Eles poderiam reduzir o horário de funcionamento dos estabelecimentos", disse o músico Juca Ramos.
Outro objetivo de representantes do grupo era de tentar entregar uma carta com sugestões de medidas para Grael., mas o prefeito não recebeu os comerciantes.
"Não tenho vergonha de estar no ato, a vergonha será quando o meu filho me pedir um biscoito ou até mesmo o material escolar e eu não tiver dinheiro para comprar. Eu não sei como será o dia de amanhã", afirmou o comerciante Paulo Rangel.
Todas as lojas de serviços considerados não essenciais, exceto as que vedem artigos de Páscoa, devem ficar fechadas até o dia 4 de abril.
As restrições foram anunciadas pelo prefeito Axel Grael e pelo secretário de Saúde, Rodrigo Oliveira, no Teatro Popular Oscar Niemeyer, na última segunda-feira (22).
Durante transmissão ao vivo em uma rede social o secretário explicou que a ocupação nas UTIs estava em 51% no dia 18 e superou os 90% após três dias.
“O cenário é mais grave devido à circulação da nova variante (no estado), a P1. É necessário ampliarmos as restrições não só em Niterói, mas em todo o estado do Rio”, declarou o secretário.